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domingo, 7 de fevereiro de 2021

 








A nau capitânea (flag ship) da Marinha Brasileira, o Navio-Aérodromo-Multipropósito A-140 Atlântico, o navio foi adquirido pelo Brasil em 2018, servindo anteriormente na Royal Navy como HMS Ocean.


Aqui a visão de proa, com destaque para o reparo vazio apropriado de uma metralhadora .50, notar a ausência do Phalanx retirado antes da venda para o Brasil.

Detalhe da estrutura principal do Atlântico, com ênfase no passadiço e nos mastros, notar a ausência dos lançadores de decoy DLH retirados antes da venda ao Brasil e do moderno radar Artisan Type 997 atualmente o mais avançado da Marinha Brasileira.
Detalhe da proa notando se a ausência dos Phalanx e a visão do reparo de popa do canhão de 30 mm DS 30 MK 2, com o qual o navio é dotado de quatro armas.


Visão da popa do Atlântico 









domingo, 31 de janeiro de 2021




 

      Esta fragata de linhas harmoniosas é a Constituição F 42, que pertencente a classe Niterói da Marinha do Brasil, tendo sido o projeto apogeu de uma série de embarcações de combate, projetadas pelo prestigiado estaleiro britânico Vosper Thornycroft na na década de 70 para exportação.

        A Constituição foi incorporada em 1978 a Marinha Brasileira, sendo submetida no ínicio deste século a um extenso programa de modernização, que alterou substancialmente os seus sistemas de armas/sensores, dando uma nova capacidade de combate para este século.

     Trata-se de uma fragata de propulsão  CODOG (Combined Diesel or Gas), combinando motores Diesel para velocidades de cruzeiro e turbinas a gás Rolls-Royce Olympus, para as velocidades de combate.

       Infelizmente as fragatas classe Niterói da Marinha Brasileira, encontram se no fim de sua vida útil, estando bastante desgastadas pelo extenso serviço junto a Marinha Brasileira.

      Os navios apresentam um armamento equilibrado, tendo como destaque na proa o venerável canhão britânico Vickers Mk. 8 com calibre de 4,5 polegadas, uma arma provada na Guerra das Malvinas e que dispara projéteis com significativa capacidade de destruição, este armamento de tubo e completado por dois excelentes canhões antiaéreos suecos Bofors de 40 mm, com desenho moderno os quais são visíveis ao lado do passadiço com suas cúpulas de desenho furtivo, completa a capacidade de combate contra aeronaves o sistema de mísseis italianos Aspide, sendo o lançador em forma de caixa, visto na popa do navio.

      A capacidade anti-submarino é fornecida por dois lançadores de torpedos triplos do tipo Mark 32, que lançam pequenos torpedos anti-submarino, de orientação acústica Mark 46 de fabricação norte americana, o lançador de foguetes anti submarino Bofors Boroc duplo visto logo atrás do canhão de proa, provavelmente se encontra inoperante devido a fato de ser um sistema de armas antigo, que fazia parte do projeto inicial do navio e que não foi substituído durante a modernização.

        Para completar o navio pode levar 4 mísseis anti navio do tipo Exocet MM 40 block 2, os quais não estavam sendo transportados quando da ocasião desta fotografia.

     A Constituição dispõem de um hangar fechado e convoo, apto a operar helicópteros de pequeno porte como o Westland Super Lynx Mk.21A ou o Helibrás Esquilo versão brasileira do Eurocopter AS-350.


domingo, 11 de fevereiro de 2018

    Existe um debate se navios de patrulha oceânica, os OPVs (Offshore Patrol Vessels), devem ou não receber armamento mais pesado, com alguns defendendo o conceito que são navios policiais e que se destinam a tarefa de fiscalização da pesca ilegal e que para este fim basta que possuam metralhadoras, assim podemos assistir hoje a visão de grandes navios de patrulha como a Classe Viana do Castelo portuguesa de 1750 toneladas armada com um canhão de 30 mm o que me parece um contra censo.

    Sou um defensor de que OPVs possuam um melhor armamento do que existe hoje em dia, pois lembro que eles são navios militares antes de serem navios policiais e que em marinhas menores como a brasileira ou em outras do continente sul americano, eles tem a tendência de assumir missões acima do que foram projetados, mesmo em tempo de paz.

    Não defendo transformar um OPV em uma corveta, pois isso perde todo o propósito de aproveitar o baixo custo de construção e de operação deste tipo de navio. Corvetas e OPVs são coisas diferentes.

    O que advogo: É que não parece uma boa ideia economizar dinheiro, deixando o navio sub armado com apenas um canhão de 30 ou 40 mm e algumas metralhadoras, sob o argumento que ele irá combater apenas à pesca ilegal. Sendo que ele fará parte de marinhas notadamente com carência de escoltas.

    O aumento de custo que se tem com a instalação de uma peça de grande versatilidade como o Oto Melara de 76 mm é plenamente compensado com o que esta arma oferece. Como capacidade de defesa antiaérea plena contra aeronaves em seu alcance, alguma capacidade antimíssil, capacidade de destruir embarcações de superfície, bem como até fazer fogo contra alvos em terra. Lembrando que o canhão precisa de uma direção de tiro, o que pode ser feito por uma alça optrônica de menor custo que um a diretora de tiro com radar.

    Não sei precisar o custo destes sistemas, mais está na casa de dezenas de milhões de dólares, mais repito a capacidade alcançada justifica o seu uso.

     Também é prudente destinar em um OPV o espaço e reserva de tonelagem, além de toda a parte elétrica de cabeamento, eletrônica como consoles para que possam ser armados com SSM caso necessário.

    O custo de um SSM é na faixa de 3 milhões de dólares e dois mísseis deste tipo dão a capacidade de pelo menos um OPV poder atirar contra um navio maior. Ou seja por 6 milhões de dólares se põem um ferrão na abelha. Aliás no caso brasileiro temos em desenvolvimento uma arma nacional o seu uso em vários navios aumenta a escala de produção o que favorece a redução de custos e capacitação da indústria nacional.

    Digo tudo isto, com plena ciência da vulnerabilidade em relação a danos deste tipo de navio, bem como também saliento que se eles tivessem as características de uma escolta, não seriam economicamente viáveis.

    Também considero relativa a vulnerabilidade, pois em termos de validade de combate pequenas escoltas podem sim sobreviver ao impacto de um míssil anti navio e se manter flutuando, mas perdem completamente a capacidade de combate. Não passam de navios aleijados no mar. E enquanto inoperantes em guerra receberiam outros impactos com a morte dos seus tripulantes.

    O que ocorreria com um OPV é que eles simplesmente afundaria com perdas muito maiores de vida inicialmente ou não pois também não haveria combate aos incêndios de bordo etc, seria evacuado prontamente. Mas isso vai acontecer com ele tendo ou não as armas, pois o que ocorre é que um conflito ele seria usado em missões que não seriam de caracter policial e acabaria correndo riscos da mesma forma.

    Um OPV é um navio militar e não um navio civil, um OPV equipado com armas de baixo calibre se adequaria muito bem a missões policiais, mas ficaria totalmente incapaz em um ambiente de hostilidade mesmo que seja o de um conflito de baixa intensidade.

  Lembrando novamente que em caso de hostilidades até navios civis são alvejados, exemplos disto ocorreram em todos os conflitos e até nos mais recentes como na Guerra das Malvinas e no Golfo Pérsico. O que significa que um OPV não será poupado por não ter armamento.

    Aliás exemplos não faltam para mostrar que navios que teoricamente não deveriam estar na linha de frente podem ser engajados e atingidos em missões que não são de combate, vejamos na Guerra das Malvinas o aviso ARA Alferez Sobral, armado com um canhão Bofors de 40 mm L/60 foi atingido por mísseis Sea Skua quando realizava tarefa de busca e salvamento.

    O que vai acontecer na realidade é que durante um conflito vão faltar navios de escolta e aí vão se usar os OPVs em missões perigosas e os seus tripulantes militares vão correr o risco inerente a combatentes em tempos de guerra.

    Por fim ressalto que muitas armas são modulares, então pode se conceber o navio sem instalar de início os equipamentos. O que facilitaria se armar melhor o navio quando necessário.

    Mas também deixo claro que não é possível viabilizar capacidades como ASW ou colocar mísseis antiaéreos de porte etc. Pois o navio não tem sensores como sonar de casco, radares de busca aérea etc. E isto é totalmente fora do contexto deste tipo de barco. 

A classe Amazonas.

    Analisando o caso da Classe Amazonas que tem como arma principal na proa um canhão automático de 30 mm MSI DS 30M MK 44 e como armas auxiliares dois canhões de 25 mm MSI DS 25M nos bordos. Estas armas não devem ser assim de tão baixo custo e considerem que o navio é bem grande, pois tem um deslocamento de 2450 toneladas e 90,5 metros de comprimento por 13, 5 metros de boca. Uma corveta Barroso tem 103, 5 m, meros 13 metros a mais e a boca desta é menor 11 metros.

    E o navio também possui sensores adequados, sendo equipado com um radar de busca 2D Scanter 4100 e com uma alça optrônica HORUS que possui câmera de TV, imageamento térmico e um telêmetro laser. A qual pode servir como diretora de tiro para um canhão de 76 mm, no caso do Amazonas inexistente. Esta classe de OPV também possui um COC, com sistema de combate OSIRIS. 

    A existência de um canhão de 76 mm permitira enfrentar qualquer outro OPV similar estrangeiro, dá para parar um navio mercante dispando contra a praça de máquinas deste, dá para atirar contra uma posição em terra, dá abater uma aeronave tripulada ou não que esteja no alcance da arma. É o mesmo poder de fogo que se tem em muitas fragatas maiores. Qual o custo a mais, não compensa ?

    Colocar o console, cabeamento e as plataformas para receber dois mísseis do tipo Man sup (similar ao Exocet MM 40)  o que isso acrescenta de custo ou modificações, a diferença é que em caso de conflito por 6 milhões de dólares pode se acrescer dois mísseis anti navio. A de onde vem a orientação para os mísseis poderiam perguntar alguns. Respondo que viria do alcance de horizonte radar do radar Scanter 4100, ou por link a informação vindo de outro navio ou de uma aeronave. O que importa é que um OPV com SSM é uma ameaça para qualquer outro navio de superfície.

    E praticamente acabou, não dá para ir muito além, pode se ter chaff básico mas aí para o seu funcionamento efetivo depende da existência de um sistema MAGE básico. Pode se pensar em ter algum tipo de Manpad para defesa antiaérea, mas acredito que o canhão de 76 mm já faz esta parte. No entanto nada impede de se ter a bordo algum míssil do tipo do Igla.

    Apesar dar vulnerabilidade inerente ao projeto inicial continuar inalterada a verdade é que por um acréscimo de custo se dar poder de destruição ao navio.

    Contra o argumento de que não é a finalidade do projeto do navio. Coloco a questão: Se em tempos de paz faltam escoltas operacionais para todas as missões, em guerra, não haverá uma falta ainda maior de escoltas e os OPVs não vai ser ordenado que estes navios tomem missões de combate mesmo não sendo adequados.

    A própria Marinha enviou um OPV para a costa do Líbano, por falta de ter fragatas no momento.

    E assim sendo um OPV de casco vulnerável como o Amazonas, operando na escolta de um comboio, em conjunto com uma corveta não agrega mais poder, acrescendo um segundo convoo para o helicóptero reabastecer, um segundo radar para vigilância por exemplo, um segundo posto de comunicações, uma alça optrônica para vigilância em um extremo do comboio. Sempre serão dois navios ao invés de um. Mas vai sentir falta de ter armas como o canhão principalmente.

    Ou seja, é um desperdício de tonelagem construir navios de 2000 toneladas armados somente com metralhadoras, com argumento que vão passar a existência atrás de barcos de pesca.  
  

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

19 de fevereiro de 2010, esta data marca o lançamento do Jamaran com o número de identificação 76. Após muitas apresentações de maquetes e expeculações sobre a sua forma, o até então denominado Moudge foi lançado e as suas formas se tornaram públicas.

Infelizmente a apresentação do navio decepcionou um pouco quanto as expectativas, por ser mal armado para o seu porte e se encontrar fora do contexto de táticas de guerrilha naval ou guerra assimétrica que o Irã vem desenvolvendo para bloquear o estreito de Hormuz, interropendo assim o trafego de petróleo, dos navios que saem do Golfo Pérsico. Esta tática utiliza múltiplas pequenas embarcações missileiras e torpedeiras algumas com características furtivas, com a finalidade de saturar as defesas dos grandes navios americanos.

Da forma que se encontra o Jamaran, é apenas um navio para mostrar a bandeira, marcando a presença do Irã na região. Na verdade um grande navio de patrulha.

Sem um sistema CIWS ou mísseis anti-aéreos que permitam a defesa contra mísseis ou aeronaves agressoras. Com as suas formas nada furtivas, o Jamaran consiste em um alvo maior e tentador para a US Navy, o maior inimigo da Marinha Iraniana.

A primeira vista o Jamaran apresenta: 01 canhão de 76 mm, de fabrico iraniano, cópia do Oto Melara de 76 mm, posicionado na tradicional posição de proa. Logo atrás dois canhões automáticos de operação manual com calibre de 20 mm, cópias do modelo Oerlikon britânico. Na popa uma cópia do Bofors de 40 mm, de um único tubo, tipo L/70. Dois reparos triplos de torpedos anti-submarino semelhantes ao Mark 32 apareçem logo adiante do convôo sob uma cobertura na lateral.

Estranhamente o navio possui um convôo, mas não tem qualquer tipo de hangar.

O armamento principal são 04 SSM pelo aspecto dos containers lançadores, trata-se do Noor, desenvolvimento iraniano dos mísseis chineses C801/802.

Quanto aos sensores pode observa-se uma diretora de tiro de desenho iraniano, dois radares de navegação e um radar de busca aérea, cuja a antena lembra a antenad do radar AWS 1 empregado nas corvetas Vosper Mk 5 já usadas pelo Irã.

Bem aguardemos novidades.


Parte II

O destróier francês Crescent, que se encontrava nas proximidades de Haifa, foi o primeiro a detectar o Ibrahim el-Awal e por volta de 3h38 disparou contra o navio egípcio, sem no entanto segui-lo. O comandante egípcio tomou rumo de sua base, tomando velocidade para a fuga. No entanto dois destróiers israelenses o Jaffa e o Eilat, foram mandados em seu encalço.
Por volta das 5h27 os israelenses avistaram o destróier egípcio e começou a troca de tiros, sem poder escapar o navio egípcio foi repetidamente atingido. Tendo o Jaffa disparado 242 tiros e o Eilat disparado 194 tiros, alguns projéteis atingiram o navio egípcio muito próximo, causando danos.
As 7h25 o Ibrahim el-Awal transmitiu que a sua missão tinha tido êxito e pouco depois a sua tripulação abandonou o navio, que não afundou, pois sua tripulação não conseguiu abrir as válvulas enferrujadas do fundo do casco.
Assim abandonado a deriva, o Ibrahim el-Awal foi capturado pela Marinha Israelense, passando a integrar a força naval israelense.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

parte I

PARTE I

No ano de 1956, durante a Guerra de Atrito contra Israel, a Marinha Egípcia lançou um ataque isolado contra o porto de Haifa em Israel, uma inusitada ação realizada por um único barco, o destróier Ibrahim el-Awal penetrou no mar territorial israelense durante a madrugada do dia 31 de outubro de 1956, aproximou se a apenas seis milhas do porto de Haifa e iniciou o bombardeio das instalações portuárias usando os seus canhões de quatro polegada, 220 obuses caíram no porto, mas segundo os israelense apenas causaram danos materiais.


O navio egípcio foi detectado após abrir fogo, pelas forças israelenses, que de imediato despacharam dois destróiers o Eilat e o Jaffa, para saírem em encalço a belonave egípcia. Ao amanhecer do dia 31 de outubro a Força Aérea Israelense se juntou a contenda inicialmente com uma aeronave bimotora de transporte Dakota, que detectou o destróier Ibrahim el-Awal já a 65 km da costa e israelense e dirigiu contra ele caças Ouragan, de fabricação francesa, que mergulharam contra o destróier egípcio, ainda em meio ao canhoneio dos navios israelenses, disparando foguetes e depois passando a metralhar a ponte do destróier egípcio com os seus canhões de 20 mm, causando sérios danos na embarcação.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A missão do destróier Ibrahim el-Awal

Em breve publicarei o relato de uma ação de ataque da Marinha Egípcia contra Israel em 1956.